Introdução:
Prezados leitores, esta é a quarta parte, desta segunda etapa dos tutoriais de TCP/IP. As partes de
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Nesta parte você aprenderá sobre o conceito de registro e sobre os principais tipos de registros disponíveis, que podem ser criados em um zona do DNS. Em uma das próximas partes deste tutorial, você aprenderá a criar registros em zonas do DNS.
Tipos de Registros no DNS
Conforme descrito na Parte 8 deste tutorial (http://www.juliobattisti.com.br/artigos/windows/tcpip_p8.asp) , as informações sobre o DNS são armazenadas
Trabalhando com registros do DNS
Um banco de dados de um servidor DNS é constituído por uma ou mais zonas, conforme já descrito anteriormente, em outras partes desta série de tutoriais. Em cada zona ficam armazenados os registros do DNS. Os registros armazenam informações de uma maneira estruturada. O DNS do Windows 2000 Server suporta uma série de registros. Nesta parte do tutorial vou destacar os principais tipos de registros suportados pelo DNS do Windows 2000 Server. Na Ajuda do DNS (menu Ajuda do console DNS), você encontra uma referência completa, de todos os registros suportados pelo DNS.
Todos os registros do DNS tem uma estrutura padrão, com um conjunto determinado de campos de informação. Até podemos fazer a analogia com uma tabela de um banco de dados, no modelo relacional de dados, onde cada registro é determinado por um conjunto de campos de informação.
Os registros do DNS no Windows 2000 Server, contém os seguintes campos de informação:
- Dono (Owner): Indica o nome do domínio DNS no qual o registro se encontra, ou em outras palavras, o domínio DNS que é dono (owner) do registro. Este é o nome que é exibido no console DNS.
- Time to Live (TTL): Para a maior parte dos tipos de registro este campo é opcional. Este campo é utilizado por outros servidores DNS, para determinar por quanto tempo o registro será armazanado no cache destes servidores, após o registro ter sido carregado em resposta a uma consulta feita ao servidor. Transcorrido o tempo definido neste campo, o registro é descartado. A maioria dos registros criados pelo DNS herdam o valor padrão para o TTL que é de uma hora (3600 segundos). Este valor é herdado da definição do TTL do registro SOA – Start of Authority, que é o principal registro de uma zona, registro que define uma série de características de uma zona. Você pode definir individualmente, para cada registro, um valor de TTL diferente do valor herdado do registro SOA. Você também pode definir um valor igual a zero (0), para registros que não devam ser mantidos no cache dos servidores DNS.
- Class: Contém um texto padrão, indicativo da classe do registro. Por exemplo, um valor igual a “IN”, indica que o registro pertence a classe Internet, aliás única classe suportada pelo DNS do Windows 2000 Server. Este campo é obrigatório, embora tenha sempre o mesmo valor no DNS do Windows 2000 Server.
- Type: Contém um texto padrão, indicativo do tipo do registro. Por exemplo, um tipo igual a “A” indica um registro que armazena informações de endereço. É o tipo mais comum, onde é gravado um número IP associado com um nome. Este campo é obrigatório.
- Dados do registro (Record-specific data): Contém os dados do registro. Por exemplo, para um registro do tipo “A”, conterá o nome e o número IP associado com o nome. É obrigatório.
Agora que você já conhece a estrutura de um registro do DNS, é hora de aprender sobre os principais tipos de registros. Conforme descrito anteriormente, você encontra uma referência completa sobre todos os tipos de registros, na Ajuda do DNS.
Descrição de alguns dos principais tipos de registros do DNS do Windows 2000 Server:
A
Descrição: Endereço de Host (Host address (A) resource record). É o tipo mais utilizado, faz o mapeamento de um nome DNS para um endereço IP versão 4, de 32 bits.
Exemplos:
host1.example.microsoft.com. IN A 127.0.0.1
srv01.abc.com.br IN A 100.100.200.150
srv02.abc.com.br IN A 100.100.200.151
AAAA
Descrição: Endereço de host IPv6 (IPv6 host address (AAAA)). Faz o mapeamento de um nome DNS para um endereço IP versão 6, de 128 bits.
Exemplo:
ipv6_host1.example.microsoft.com. IN AAAA 4321:0:1:2:3:4:567:89ab
CNAME
Descrição: Canonical name (CNAME): Mapeia um alias (apelido) ou nome DNS alternativo. Por exemplo, suponha que o site da empresa esteja no servidor srv01.abc.com.br. Porém na internet, os usuários irão utilizar o nome www.abc.com.br. Neste caso basta criar um alias www que faz referência ao nome srv01.abc.com.br. Pronto, quando os usuários digitarem www.abc.com.br estarão acessando, na verdade, o endereço srv01.abc.com.br. Porém para o usuário, tudo ocorre transparentemente, como se o nome fosse realmente www.abc.com.br.
Exemplo:
www.abc.com.br. CNAME srv01.abc.com.br.
HINFO
Descrição : Host information (HINFO): Utilizado para armazenar informações sobre o hardware do servidor DNS, tais como tipo de CPU, tipo e versão do sistema operacional e assim por diante. Estas informações pode ser utilizadas por protocolos como por exemplo o ftp, o qual utiliza procedimentos diferentes, para diferentes sistemas operacionais
Exemplo:
my-computer-name.example.microsoft.com. HINFO INTEL-386 WIN32
MX
Descrição : Mail exchanger (MX): Fornece informações utilizadas pelos servidores de e-mail, para o roteamento de mensagens. Cada host definido em um registro MX deve ter um correspondente registro do tipo A em uma zona válida, no servidor DNS.
Exemplo:
example.microsoft.com. MX 10 mailserver1.example.microsoft.com
Nota : O número de dois dígitos após o MX, é um indicativo da ordem de preferência quando mais de um registro MX é configurado na mesma zona.
NS
Descrição : É utilizado para relacionar um nome DNS com o seu dono, ou seja, o servidor que é a autoridade para o nome DNS. Ou em outras palavras, o servidor DNS onde está a zona primária associada ao nome.
Exemplo:
example.microsoft.com. IN NS nameserver1.example.microsoft.com
PTR
Descrição : Pointer (PTR): É utilizado em zonas reversas, para fazer o mapeamento reverso, ou seja, o mapeamento de um número IP para um nome. Ao criar um registro do tipo A, em uma zona direta, você pode criar, automaticamente, o registro PTR associad, se já houver uma zona reversa configurada.
Exemplo:
10.20.20.10.in-addr.arpa. PTR host.example.microsoft.com.
SOA
Descrição : Start of authority (SOA): O principal registro, o registro que define mutas das característias de uma zona. Contém o nome da zona e o nome do servidor que é a autoridade para a referida zona, ou seja, o servidor DNS onde está a zona foi criada originalmente. Contém também a definição de outras características básicas da zona. É sempre o primeiro registro da zona, pois é criado durante a criação da zona. Define características tais como o número serial da zona (que é um indicativo se houve ou não alterações na zona. Este número é utilizado para controlar a replicação entre a zona primária e as zonas secundárias), o valor do TTL para os demais registros da zona e assim por diante.
Exemplo:
@ IN SOA nameserver.example.microsoft.com. postmaster.example.microsoft.com. (
1 ; serial number
3600 ; refresh [1h]
600 ; retry [10m]
86400 ; expire [1d]
3600 ) ; min TTL [1h]
Sobre registros do DNS era isso. Nas próximas partes deste tutorial você aprenderá sobre zonas reversas e aprenderá a criar zonas reversas. Em seguida aprenderá a criar registros, tanto em uma zona direta, quanto em uma zona reversa.
Conclusão
Nesta parte do tutorial fiz uma apresentação e descrição dos principais registros disponíveis em zonas do servidor DNS do Windows 2000 Server.
Nas próximas partes deste tutorial, segundo dentro da filosofia de apresentar ações práticas, você aprenderá sobre a criação de zonas reversas e sobre a criação de registros em zonas diretas e em zonas reversas do DNS.