Olá Caro(a) Leitor(a) hoje eu vou falar um pouco da diferença entre os dois mundos. O mundo do software e o mundo do aplicativo. Está na “moda" hoje o aplicativo virar um produto e esse projeto receber investidores. Mas o que foi feito do software?
Antes de falar do aplicativo, gostaria de voltar alguns anos para falar sobre o software. Desde quando mudei para a cidade que moro hoje, empresas contratam desenvolvedores com carteira assinada para desenvolver software interno ou para algum cliente que está precisando. Outras empresas já focam no produto de “caixinha ou de prateleira”, aquele software que você compra a caixa para instalar ou escolhe na prateleira de um hipermercado ou supermercado americano.
Com 14 anos eu comecei a desenvolver software e com 15 eu vendi o meu primeiro. Eu vendi o software de controle financeiro, entrada, saída e despesas. Um software local, banco de dados local e rede interna acessada através de um servidor, que parecia mais um PC comum.
O software em si tem cara de ser mais completo e robusto do que um aplicativo. Depois do lançamento de lojas de aplicativos como App Store, Android Play e Microsoft Marketplace, o aplicativo ficou mais popular do que software. Um software por ser mais robusto e precisar de uma infra-estrutura para funcionar, o aplicativo precisa de uma conexão 4g, 3g ou Wi-Fi e um aparelho “smartphone”. As lojas de aplicativos tem a sua própria infra, mantida pelas grandes empresas para que o desenvolvedor publique seu app lá.
Falando de preço, eu já cansei de desenvolver software para a empresa que trabalhava e vi a mesma vender por milhões. Isso mesmo, o software pode ser vendido por milhões, dependendo do contrato que ganhar com o governo ou cliente que comprar a licença de uso. Já o aplicativo, o desenvolvedor fica com apenas 70% do valor e o preço se popularizou tanto que a média dos apps saíram de milhões para $1 dólar.
O CEO que popularizou o app já não está entre nós, mas as outras empresas copiaram a mesma ideia e criaram as suas lojas próprias. Outro exemplo é o software de caixinha, ou de prateleira: geralmente o valor é de R$ 300,00 reais mas o app que pode fazer a mesma coisa, em um dispositivo móvel, pode custa $2.99 dólares; isto é; os preços são estipulados pelo desenvolvedor e pela loja publicada.
O software antigamente deveria ser descoberto pelo cliente ou então a empresa teria que divulgá-lo para vender. O aplicativo hoje já pode aparecer no “smartphone” do usuário com poucos cliques, ou o app quando publicado, já fica disponível em quase todos os países do mundo. Só depende da loja que publicou para ficar disponível. É lógico que você precisa colocar várias linguagens no app para aparecer em outros países.
Você pode imaginar que o seu app, desenvolvido em casa, pode aparecer na Rússia, Japão e ser um sucesso? O software para chegar nesses países, o trabalho seria bastante, diferentemente do aplicativo.
Ainda conheço várias empresas que fazem software, ao invés de aplicativos. Algumas delas estão perdendo mercado ou deixando a oportunidade passar sem notar o que está perdendo grande parte dos clientes. Uma dica para estas empresas é tentar transformar os softwares em aplicativos, mesmo que em módulos para disponibilizar aos seus clientes.
A grande jogada dos aplicativos hoje é a transformação de um app em serviço e depois a venda de algumas ações ou parte da empresa para investidores. Dessa forma, pequenos aplicativos e pequenas ideias têm se transformado em milhões de dólares. Muitos apps depois do sucesso acabam sendo vendidos ou incorporados a grandes empresas no mundo da tecnologia.
A minha dica é: fique de olho no mercado e não deixe a oportunidade passar. Aproveite e saiba como fazer negócio. O que compensa pra você? Fazer um app ou um software? Na minha opinião, eu prefiro analisar o cliente, a necessidade, a ideia antes de tomar a decisão final.
Espero que tenham gostado do artigo e qualquer dúvida pode entrar em contato pelo site www.mauriciojunior.org.